Quando crianças, adivinhamos orelhas e bigodinhos por trás das moitas do jardim. Depois nos lambuzamos de alegria, certos de que a vida é uma grande surpresa de chocolate a nos acolchoar a alma. Aos poucos, vamos descobrindo que ovos de Páscoa também podem ser vazios, ocos como quase toda ilusão de permanência.
Ovos de chocolate também acabam; desmancham-se, sorvidos pela voracidade e a gulodice da juventude. Às vezes acreditamos que a felicidade se encontra em ovos de Páscoa. Que nada – só um breve instante de viscoso prazer.
Mas existe doçura e gostosura dentro de nós. Nesta alminha esquecida pelos anúncios de publicidade; neste pedaço que não se mostra nas vitrines. É lá que podemos buscar o doce da vida. Em pequenas gotas – como convém aos sábios, aqueles que conhecem a paciência, a delicadeza e a inutilidade das grandes expectativas.
Ovos de chocolate também acabam; desmancham-se, sorvidos pela voracidade e a gulodice da juventude. Às vezes acreditamos que a felicidade se encontra em ovos de Páscoa. Que nada – só um breve instante de viscoso prazer.
Mas existe doçura e gostosura dentro de nós. Nesta alminha esquecida pelos anúncios de publicidade; neste pedaço que não se mostra nas vitrines. É lá que podemos buscar o doce da vida. Em pequenas gotas – como convém aos sábios, aqueles que conhecem a paciência, a delicadeza e a inutilidade das grandes expectativas.