Eu te amo, você me disse.
Era uma manhã qualquer de maio, entre as notícias do jornal e a paisagem.
Eu te amo. Simples assim. Todas as sílabas perfeitamente escandidas. Claro e preciso como o céu desses meses de outono. Eu segurava uma xícara de café, preguiça de travesseiro, devia ser domingo.
Qualquer coisa de impreciso esticava o tempo sem hora.
Tentei te olhar naturalmente e voltar ao livro em que mergulhara minutos antes, mas você dissera “eu te amo” sem nenhuma solenidade, sem mesmo interromper a insistência do Bem-Te-Vi no quintal.
Voltei minha cabeça sonolenta e surpresa para o ângulo exato do seu perfil. Você estava ali, exatamente como estivera em tantas outras manhãs. A atenção dividida entre uma notícia qualquer sobre armas nucleares e o concerto sinfônico na tevê. Sorriu para mim com uma candura inocente e repleta de boas intenções.
O dia seguiu seu curso.
Nenhum sinal aparente do alarme que desandou a tocar no meu coração.
Era uma manhã qualquer de maio, entre as notícias do jornal e a paisagem.
Eu te amo. Simples assim. Todas as sílabas perfeitamente escandidas. Claro e preciso como o céu desses meses de outono. Eu segurava uma xícara de café, preguiça de travesseiro, devia ser domingo.
Qualquer coisa de impreciso esticava o tempo sem hora.
Tentei te olhar naturalmente e voltar ao livro em que mergulhara minutos antes, mas você dissera “eu te amo” sem nenhuma solenidade, sem mesmo interromper a insistência do Bem-Te-Vi no quintal.
Voltei minha cabeça sonolenta e surpresa para o ângulo exato do seu perfil. Você estava ali, exatamente como estivera em tantas outras manhãs. A atenção dividida entre uma notícia qualquer sobre armas nucleares e o concerto sinfônico na tevê. Sorriu para mim com uma candura inocente e repleta de boas intenções.
O dia seguiu seu curso.
Nenhum sinal aparente do alarme que desandou a tocar no meu coração.
Um comentário:
Muito bom. Nos faz pensar na criança que trazemos no coração.
Marlene de Souza
marlenedesouza67@gmail.com
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